12 de novembro de 2010

Generation Zero - um documentário.

Oi galera,


venho hoje falar sobre o documentário "Generation Zero", o qual foi produzido pela Citzens United (também responsável pelo " Fire from the Heartland".)

Antes de qualquer coisa, o trailer:

Como vcs puderam ver, o filme pretende explicar o porquê da crise de 2008 de uma maneira, na minha concepção, pouco usual. Trata- se de falar da ecatombe ocorrida, a partir de uma análise sobre a cultura que se iniciou nos anos 60. A palavra "blame" está diretamente ligada aos "baby boomers", os quais nasceram no pós- guerra, viveram a rebeldia dos anos 60, viraram Yuppies nos 80 e atualmenete são parte da "elite" que governa Wall street.

A esse respeito, os contribuidores do documentário criticam ferozmente aquilo que chama de uma cultura elitista, narcisista e individualista que nasceu nos anos 60. Estes jovens, que não passaram pelas privações de seus pais durante a Grande Depressão, são colocados no documentário como uma "self indulgent elite", cuja falta de limites levou a América a uma era de de individulismo atroz, chamado no filme de "Money culture".

É como se os Baby boomers tivessem aberto a caixa de Pandora e dela tivesse saltado a perdição da verdadeira América, formada pelo "Little Guy" . A velha e boa América , graças a essa geração "greedy", foi encurralada pela relação espúria entre Wall Street e Main Street.

Esta relação (mencionada n vezes no documentário) é, segundo os "experts" do filme, reponsável pela desindustrialização dos EUA, uma vez que os políticos representam os banqueiros e os produtores de Hollywood e não a população ( a qual está desempregada). Essa lógica teria tornado os EUA um país vulnerável , por exemplo, a competição da China.

O que aparece em Generation Zero (aliás o nome do filme também está atrelado aos Baby boomers), na minha opinião, é uma espécie de ressaca dos anos 90. Por mais que o documentário queira falar dos últimos 40 anos e da contracultura, o que aparece mais são os anos 90, em que os políticos( a imagem de Bill Clinton é a que aparece neste momento) foram acometidos por "bad manners", ambos os partidos passaram a trabalhar para Wall street e, nesta esteira, o partido democrata é apontado pelos "experts" como aquele que mais radicalizou isso e é chamado no filme de "party of Davos", como um partido que dá bailout para países endividados às custas do contribuinte americano.

A ressaca dos anos 90 vem de uma percepção de que quem custeou o a parente poderio norte americano foi a classe média, a qual foi na crise de 2008 praticamente traída por seus representantes. A glória da globalização e da Pax Americana do pós guerra fria foi substituída por uma espécie de ressentimento e de consciência, adquirida em 2008, de que todo um sistema está flutuando sobre as nuvens. A culpa disso? Dos baby boomers, dos detratores dos valores familiares americanos, de Saul Alinsky (um ativista social que apenas buscava direito a moradia e condições para todos, incluindo negros), etc...

O que parece se iniciar nos EUA é uma lógica sistemática de proselitismo, baseados nos tais valores americanos do empowerment do indíviduo, da livre concorrência e, sobretudo, do Estado mínimo. E isso tudo custe a quem custar.

Enfim, o que eu posso fazer é recomendar este documentário a todos.

Um grande abraço,

Bom feriado,

Isadora.

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